quarta-feira, 4 de agosto de 2021

JOSÉ AUGUSTO MEIRA DANTAS

 




Texto elaborado por André Felipe P. Furtado de Mendonça e Menezes, Acadêmico eleito para a Cadeira nº 6 da ACLA, cujo patrono é o homenageado.



José Augusto Meira Dantas nasceu no dia 11 de dezembro de 1873, em Ceará-Mirim, no Engenho Diamante. Era filho de Olyntho José Meira e de Maria Generosa Ribeiro Dantas, filha do Barão de Mipibu, o major Miguel Ribeiro Dantas, proprietário do Diamante.
Augusto Meira cresceu no Engenho Jericó, pertencente ao seu pai, que o iniciou nos estudos primários. Fez os exames finais no Colégio Atheneu, em Natal. Ingressou na Faculdade de Direito de Recife, em 1895, e concluiu o curso em 1899, tendo sido laureado.
Retornou a Ceará-Mirim em 1900. No mesmo ano foi nomeado delegado de polícia no Rio de Janeiro. Em 1903, mudou-se para o Pará. Foi promotor de justiça em Santarém e em Belém. Em 1908, foi aprovado no concurso da Faculdade de Direito do Pará, para a vaga de professor de direito penal.
Dr. Augusto Meira teve longa vida política, sempre pela Estado do Pará. Foi deputado estadual de 1912 a 1930, totalizando quatro legislaturas. Em 1947, retornou à política, ocasião em que foi eleito senador, função que exerceu até 1951. Ainda, foi deputado federal entre 1951 a 1954. Na tribuna do Congresso Nacional, foi contra a internacionalização da Amazônia. À sua voz, somou-se a do deputado federal mineiro Artur Bernardes, ex-Presidente da República, pela defesa dos interesses da nossa floresta.
No campo da literatura, Augusto Meira se destacou como escritor de livros de direito e de poesias. Sua principal obra, Brasileis, de 1923, é de estilo épico, composta de 14 cantos que contam a história brasileira, desde antes dos portugueses até a Guerra do Paraguai.
Apesar de sua vida pública estar toda voltada ao Pará, Augusto Meira mantinha seus laços afetivos com Ceará-Mirim, vindo visitá-la todos os anos. Nutrindo esse sentimento de carinho com a sua terra natal, escreveu a letra do Hino do Rio Grande do Norte. Com seu estilo épico, imprimiu nos versos do hino a saga do povo potiguar, como o período de dominação holandesa e a figura de Padre Miguelinho, sem esquecer, claro, sua ligação com a Amazônia. Também escreveu outros hinos, como o do Tricentenário da Fundação de Belém, além de versões que não vingaram para o Hino Nacional e o Hino à Bandeira.
Ajudou a fundar a Academia Paraense de Letras, onde ocupou a Cadeira de nº 33, cujo patrono é o seu pai, Olyntho Meira. Na Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes, Augusto Meira é o patrono da Cadeira nº 6.
Em Ceará-Mirim, a Escola Municipal Dr. Augusto Meira imortaliza o seu nome na história da cidade. José Augusto Meira Dantas foi casado com Anésia de Bastos Meira, neta do Barão de Santarém, com quem teve nove filhos. Faleceu no dia 24 de março de 1964, aos 90 anos, em Belém.

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Novenil Barros, André Felipe Pignataro, Danyel Freire e outras 5 pessoas curtiram isso.

FONTE - SITE ACADEMIA CEARÁ-MIRINENSE DE LETRAS E ARTES “PEDRO SIMÕES NETO”

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